“Estamos aguardando a 5ª Vara Federal de Brasília homologar, ou seja reconhecer, oficialmente, o acordo que fizemos com o governo federal para garantir mais segurança nas rodovias federais. Importante que em 2.278 faixas de rolamento, consideradas críticas por conta do grande número de acidentes ou do risco, teremos novos radares. São locais próximos a igrejas, a escolas, a hospitais, por exemplo. O acordo determina, também, que em 1472 faixas que têm lotes de licitações suspensos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) haja a instalação de equipamentos de monitoramento tão logo sejam superadas as questões administrativas. Ingressei na Justiça com ação popular, após a União anunciar, em maio, que suspenderia a instalação de radares em 8 mil faixas de rodovias federais. Houve adesão ao processo pelo Ministério Público Federal e conseguimos o acordo para que a instalação seja feita em 3.750 faixas, ou seja, (46,8%). Considero que chegamos a bom termo. Somos contra a indústria das multas e, também, contra a indústria das mortes. Não poderíamos concordar com as rodovias sem monitoramento em vista de defendermos que o bem maior a ser preservado é a vida. Nosso país tem cerca de 40 mil mortes, por ano, em acidentes de trânsito. Mais de 60% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) são ocupados por vítimas do trânsito. Nos centros cirúrgicos temos 50% da ocupação decorrente de acidentes dessa natureza. Segundo o Observatório de Segurança Viária, os acidentes no trânsito resultam em custos anuais de R$ 52 bilhões. Não é, portanto, de interesse público que as estradas deixem de ser monitoradas. Também, é importantíssimo que os aparelhos sejam criteriosamente instalados e estejam aferidos”, Senador Fabiano Contarato (Rede-ES)
ENVIADA PARA TRIBUNA 08.07.2019