Em solidariedade às famílias, a tradicional “Missa em Memória das Vítimas de Trânsito” foi celebrada neste domingo (02), em Vila Velha, com participação presencial do senador Fabiano Contarato. Devido à pandemia, o evento, que já ocorre há 14 anos, teve transmissão on-line, pelas redes sociais do Convento da Penha.
Presidindo a missa, o Frei Alessandro Dias do Nascimento ressaltou a necessidade de responsabilidade individual com o coletivo para promover paz no trânsito. “Há uma estatística que diz que quatro pessoas são acidentadas no trânsito por dia no nosso Estado. Por mais que existam políticas públicas, cabe, também, a cada um de nós, obedecer às leis. Precisamos respeitar ao próximo. Como diz a reflexão: ‘Jamais corra mais rápido do que o seu anjo da guarda possa voar. Nós temos que ter consciência e prudência”, alertou o Frei.
Para o senador Contarato, a construção da paz no trânsito deve ser um objetivo comum a todos, por envolver a segurança e a vida das pessoas. “A missa é uma forma de as instituições e do próprio poder público se humanizarem, terem a sensibilidade de se colocar na dor do outro. Se todos nós tivéssemos a percepção de que quem vive em nós é Cristo, exerceríamos muito mais o amor, o respeito, a caridade, a compaixão, a humildade. Defender a vida humana é sair em defesa de Deus”, assinalou.
No Brasil, 40 mil pessoas morrem e mais 300 mil são mutiladas, por ano, em acidentes de trânsito. Delegado de trânsito por mais de 10 anos, Contarato testemunhou a dor das famílias das vítimas. “Precisamos defender um trânsito seguro. Essa é uma missão de todos nós”, frisou o senador.
A celebração da missa marca também o Dia Estadual em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, estabelecido no primeiro domingo de agosto, conforme a Lei Estadual nº 9.689/2011. Ao conduzir entrevista com Contarato após a missa, o Frei Paulo Roberto Pereira, guardião e reitor do santuário, destacou a união dos franciscanos do Convento da Penha a todas as pessoas que assumem o compromisso de estabelecer relacionamentos mais cheios de paz, geradores de segurança, de harmonia e fraternidade.
“Nós nos motivamos com duas palavras: compaixão e compromisso. Nós nos unimos nessa data para compartilhar da dor de tanta gente que perdeu um parente, um amigo, uma pessoa querida em acidente de trânsito, sem poder se despedir. São verdadeiros assassinatos no trânsito. Então, nós nos manifestamos com compaixão e compromisso. Esse compromisso deve ser de todos nós, das autoridades que fazem as leis serem cumpridas, e de todos os cidadãos que precisam humanizar o trânsito”, pontuou Frei Paulo.