A distribuição das vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde para estados e para o Distrito Federal deverá ser realizada em um prazo máximo de três dias úteis após o seu recebimento. O prazo também se aplicará à distribuição de vacinas pelos estados para os municípios. Esse é o objetivo de projeto de lei apresentado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES).
Desde o início de 2021, o Brasil assiste ao resto do mundo avançar na vacinação contra a Covid-19 de modo célere, enquanto as vacinas demoram a chegar no país. Não é por outra razão que o Brasil se encontra na 66º posição no ranking da vacinação per capita.
“A falta de vacinas não é, infelizmente, novidade no país. O que surpreende os brasileiros, atualmente, é que faltam vacinas para serem aplicadas em seus braços, enquanto sobram vacinas nos armazéns do Ministério da Saúde”, frisa Contarato.
Após atrasar reiteradamente a aquisição de vacinas, o Ministério da Saúde, agora, retarda a sua distribuição para estados e municípios. Apenas no dia de ontem (03/08/2021), o Ministério da Saúde tinha em seus armazéns quase 13 milhões de doses de vacinas para serem distribuídas. Apesar disso, diversos municípios já alertam sobre a possibilidade de terem que interromper suas campanhas de vacinação por falta de vacinas. Esta preocupação fez surgir uma campanha nas redes sociais #distribuiMS.
“A vacinação já se mostrou a única saída para esta pandemia. Ela reduz o número de casos e mortes. Contudo, só a vacina que chega nos braços salva vidas. Todo e qualquer atraso na distribuição de vacinas custa vidas, razão pela qual o Ministério da Saúde deve adotar medidas para tornar mais célere este processo”, observa Contarato.
A tendência é que esta situação se agrave conforme, nos próximos meses, espera-se a chegada de uma grande quantidade de doses de imunizantes. Isto exigirá um aprimoramento do esquema logístico de distribuição de doses.
Ao longo dos últimos meses, cidades pelo Brasil têm sofrido inúmeras interrupções na campanha de vacinação contra a Covid-19. Só na última semana, oito capitais interromperam a vacinação e suspenderam o avanço da aplicação de vacinas em faixas etárias mais jovens, conforme prevê o Plano Nacional de Imunização.
Em casos excepcionais e mediante justificativa, a distribuição das vacinas poderá ser realizada em prazo superior, devendo, no entanto, ser realizada, em qualquer caso, com a máxima celeridade e urgência.