Nesta terça-feira (10), na CPI da Covid, que ouviu o presidente do Instituto Força Brasil, coronel da reserva Helcio Bruno, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) repudiou a exibição militar ocorrida pouco antes do início da sessão da CPI e no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados votará a PEC do voto impresso.
Contarato relembrou que o presidente da República nega a ditadura e ovaciona torturadores. “A democracia é o terreno mais fértil para semear direitos. Hoje, esse desfile de tanques, com essa ‘coincidência trágica’, é mais um capítulo do ataque do presidente da República à democracia. Nós já presenciamos o presidente atacando a Ordem dos Advogados do Brasil, participando de movimentos antidemocráticos, negando a ditadura e ovacionando torturador. Agora, quero alertar aos colegas e à população brasileira que defender ditadura em plena democracia é fácil, difícil mesmo é defender uma democracia estando em uma ditadura”, disse.
Ainda conforme o senador, passou da hora de o Congresso aprovar o impeachment de Bolsonaro. “Enquanto o presidente fica desfilando com tanques em meio a 563 mil corpos, nunca vi o presidente dentro dos hospitais, se solidarizando com as vítimas. Quem aqui viu o presidente falar para todos se vacinarem, fazer distanciamento social?”, questionou.
O senador reiterou a defesa da Constituição como espinha dorsal do estado democrático de direito. “Passou da hora de pedir o impeachment desse presidente. Passou da hora de nós darmos uma resposta contundente para a sociedade. A CPI já provou que há a digital de Bolsonaro e de seu governo nas 563 mil mortes de brasileiros e brasileiras por Covid”.